Vereador de Rio Claro Moisés Marques tem mandato cassado por invadir UPA e fazer vídeos
30/10/2025
(Foto: Reprodução) O vereador Moisés Marques (PL) foi cassado em votação da Câmara de Rio Claro na quarta (29)
Reprodução/Facebook
O vereador de Rio Claro (SP) Moisés Marques (PL) teve o mandato cassado em sessão da Câmara, na quarta-feira (29). Ele foi acusado quebra de decoro parlamentar após invadir uma área restrita da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Cervezão e fazer vídeos no local alegando uma fiscalização, em janeiro deste ano.
A votação aconteceu após uma Comissão Processante acatar a denúncia contra o parlamentar no dia 23 de outubro. O g1 não conseguiu contato com o vereador até a última atualização desta reportagem.
Nas redes sociais, ele afirmou que transformaram um julgamento político em "um ato de vingança e perseguição". (veja abaixo).
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Com a cassação, Moisés Marques fica inelegível por 11 anos, sendo impedido de disputar eleições até 2036.
Denúncia e comissão processante
Câmara Municipal de Rio Claro
Google Street View
A denúncia foi feita por Luísa Ceriani, filha de uma paciente idosa que estava internada em um quarto restrito feminino da UPA. Ela relatou que a invasão foi cometida pelo vereador Moisés Marques para fins políticos, o que teria agravado o quadro clínico e levado a idosa à morte.
Uma Comissão Processante foi aberta e concluiu que houve interferência em atendimentos, invasão de espaços restritos, violação de sigilo médico e coação a funcionários.
15 vereadores votaram pela cassação: Adriano La Torre (PP), Ananias do Espetinho (MDB), Claudino Galego (PP), Eric Tatu (PSD), Diego Gonzales (PSD), Elias Custódio (PSD), Emílio Cerri (Podemos), Fernando do Nordeste (PSD), Hernâni Leonhardt (MDB), Júlio Lopes (PP), José Pereira (PSD), Paulo Guedes (PP), Rafael Andreeta (Republicanos), Serginho Carnevale (PSD) e Sivaldo Faísca (PL).
3 vereadores votaram contra a cassação: Tiemi Nevoeiro (Republicanos), Rodrigo Guedes (União Brasil) e Val Demarchi (PL).
A suplente do PL Neia Garcia deve assumir o cargo na próxima sessão.
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O que diz o vereador Moisés Marques
Em postagem no Facebook, o vereador postou uma imagem dos 15 vereadores que votaram pela cassação e diz que eles "escolheram se curvar à pressão política, ao jogo de interesses e ao medo de quem não suporta ser fiscalizado".
Disse ainda que "transformaram um julgamento político em um ato de vingança e perseguição. Mas o tempo revela a verdade e ela (A VERDADE) está do nosso lado. A luta agora é na Justiça, e voltaremos ainda mais fortes, com o apoio de quem não se vende, não se cala e não se dobra. Agradeço de coração a todos que estiveram conosco até aqui. Seguiremos juntos, firmes e com a cabeça erguida", postou.
O que diz o PL
Em nota, o PL afirmou que Moisés Menezes Marques "limitou-se à realização do trabalho de fiscalização típico do exercício da atividade parlamentar".
"Acreditamos, portanto, que a cassação do mandato do vereador envolveu mais do que os alegados excessos cometidos durante suas diuturnas visitas às UPAs. Tratou-se, na verdade, de uma ação política para tentar impedir a exposição de falhas e carências que ele apontava frequentemente nos serviços de saúde", informou na nota.
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