Polícia investiga responsáveis por aluna de 13 anos que agrediu colega com socos e chutes no litoral de SP
04/12/2025
(Foto: Reprodução) Aluna de 13 anos agride menina na saída de escola estadual em Guarujá, SP
A Polícia Civil de Guarujá, no litoral de São Paulo, abriu investigação contra os responsáveis pela aluna de 13 anos que agrediu uma colega de 12 na saída da Escola Estadual São Francisco de Assis. O delegado Glaucus Vinicíus, do DP Sede, afirmou que os demais estudantes que aparecem nas imagens também serão ouvidos.
A violência foi registrada em vídeo na quarta-feira (26), próximo à unidade no bairro Parque Enseada. A vítima relatou que vinha sendo perseguida há dias pela agressora, que desde o episódio passou a acompanhar as aulas de forma remota. O caso foi registrado como lesão corporal.
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Segundo o delegado, a adolescente agressora aparenta ter conhecimento de artes marciais e deve responder por ato infracional, assim como seus responsáveis.
“As imagens falam por si. Exercício puro de violência. As imagens são, de fato, revoltantes [...]. Ela dá chutes, o que não é muito comum. Um chute alto, no rosto da vítima, que mal conseguia se defender. É alguém que não está conseguindo controlar a sua própria violência.”, disse.
Aluna de 13 anos agride menina na saída de escola estadual em Guarujá (SP)
Redes Sociais
Ele destacou que medidas socioeducativas podem ser aplicadas e que a direção da escola, os responsáveis e os demais alunos serão ouvidos.
“A direção da escola vai ter que nos reportar se a criança estava sendo agredida [...] A polícia vai apurar todas as circunstâncias, porque tudo tem que chegar ao nosso conhecimento, para que a gente consiga tomar a medida mais correta”, disse.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) disse que, assim que a equipe gestora tomou conhecimento, convocou os responsáveis pelas alunas e acionou o Conselho Tutelar. (confira abaixo o posicionamento)
Alerta
O delegado ainda fez uma alerta aos responsáveis quanto à fiscalização da conduta dos filhos. Ele pontuou que, uma das medidas prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é a perda do poder familiar, quando o estado se torna responsável pela criança.
“A partir do momento que o caso chega à polícia, chega ao poder judiciário, é a última barreira de proteção social. Então, se eu, enquanto delegado de polícia, tiver que intervir na criação de alguém, é o fim para aquela pessoa [responsável]. Ou seja, o Estado vai atuar com mão forte dentro da lei”, conta.
A medida pode ser imposta caso seja comprovado que os pais sabiam do comportamento agressivo da filha. “Você [responsável] tem que controlar o seu filho. Você tem que saber o que ele faz”, conta.
Posicionamentos
Aluna de 13 anos agride menina na saída de escola estadual em Guarujá (SP)
Reprodução
Em nota, a Seduc-SP informou que a adolescente agressora passou a realizar as atividades de forma remota. O g1 não conseguiu contato com os responsáveis pela jovem.
A Unidade Regional de Ensino (URE) de Santos destacou que o caso ocorreu fora da escola e, ao tomar conhecimento, a equipe gestora convocou os responsáveis das alunas e acionou o Conselho Tutelar.
Segundo a URE, o episódio foi registrado na Plataforma Conviva SP, do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar, e a agressora segue acompanhando as aulas de forma remota.
Um psicólogo do Programa Psicólogos nas Escolas foi colocado à disposição das estudantes. "A URE de Santos é contra qualquer tipo de violência, dentro ou fora das escolas e, assim como a escola, está à disposição da comunidade escolar", finalizou a pasta.
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