Mulher que perdeu filha no parto durante tratamento contra o câncer de mama faz última quimioterapia: 'Me sinto vitoriosa'

  • 23/10/2025
(Foto: Reprodução)
"Resistir": série de reportagens mostra histórias de quem enfrenta o câncer de mama Enfrentar um diagnóstico de câncer de mama já é, por si só, um dos maiores desafios que uma mulher pode viver. Mas, para Drielli Cristina de Oliveira, de 40 anos, moradora de Bauru (SP), a luta foi ainda mais desafiadora. Um mês após ser diagnosticada com a doença no ano passado, ela descobriu que estava grávida. A gestação caminhou junto ao tratamento, mas a filha, Liz, não resistiu. Mesmo diante da dor do luto e dos efeitos da quimioterapia, Drielli seguiu firme no tratamento e, no dia 9 de setembro, comemorou a última sessão de quimioterapia. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp “Foi muito emocionante. Esperei muito por esse dia. Me senti vitoriosa, orgulhosa por ter chegado até aqui com muita fé”, contou. As histórias de Drielli e de outras mulheres diagnosticadas com câncer de mama estão nas três reportagens especiais da série “Resistir”, exibidas no TEM Notícias 1ª Edição a partir desta quinta-feira (23), que trata sobre a importância do diagnóstico precoce, das redes de apoio para pacientes e dos avanços da ciência. 'Achei que ia morrer' Drielle realizou a último quimioterapia em Bauru após o diagnóstico do câncer de mama Arquivo pessoal Vegetariana, adepta de treinos diários e de uma vida saudável, Drielli nunca imaginou que pudesse ter um câncer. “Um dia, colocando um top para ir treinar, senti um caroço diferente. Não era a glândula mamária. Fui ao ginecologista, fiz ultrassom, depois biópsia. Quando recebi o resultado, meu mundo caiu. Pensei: ‘vou morrer’”, relembra. O diagnóstico apontou dois nódulos, de 2 e 5 centímetros. Com a gravidez, eles chegaram a 10 centímetros, estimulados pelos hormônios da gestação. Mesmo assim, ela decidiu seguir com o tratamento. “Comecei a quimioterapia com oito meses de gestação. Fiz três sessões com ela ainda na barriga. A Liz fazia quimio comigo”, recorda emocionada. A bebê, porém, morreu no parto. O luto veio em meio ao tratamento, em um momento em que o corpo e a mente já estavam fragilizados. “Foi muito difícil. Era uma luta entre pensamentos negativos e positivos. Seria impossível passar por tudo isso sem Deus. A fé foi o que me manteve de pé”, diz. Como forma de homenagem, ela e o marido fizeram uma tatuagem no braço com o nome da filha. A notícia da gravidez veio um mês depois do diagnóstico do câncer de mama Arquivo pessoal Resiliência Com apoio do marido, Drielli raspou os cabelos durante o tratamento do câncer de mama Durante os meses de quimioterapia, Drielli enfrentou os efeitos colaterais com resiliência. “Fiquei muito cansada, o braço roxo de tantas picadas. É difícil saber que vai ficar ruim para depois ficar boa. Você precisa tirar força de onde nem sabe que existe”, afirma. Com o início do tratamento, ela também precisou lidar com a perda dos cabelos. A princípio, apenas cortou o cabelo porque começou a apresentar falhas, mas depois decidiu raspar tudo. “Eu tinha um 'cabelão' loiro, comprido. Sofri muito. Até hoje sinto falta de prender e arrumar o cabelo. Mas meu marido sempre me diz que estou linda careca”, conta. Para Drielli, o apoio da família e dos amigos foi essencial: “A rede de apoio é fundamental. A gente se isola, perde a rotina, o trabalho, o treino e o tempo parece parar. A nossa vida paralisa, mas a das outras pessoas não. Por isso é preciso aprender a ter paciência e aceitar uma nova vida que não foi você quem escolheu”, reflete. Drielli raspou os cabelos durante o tratamento do câncer de mama Arquivo pessoal 'Descobri o que é força de verdade' Depois de encerrar a quimioterapia, Drielli se prepara agora para a cirurgia de retirada total da mama direita, marcada para o dia 28 de outubro. “Hoje eu sei que não vou morrer, e isso me dá paz”, afirma. Ela também tem usado sua história para incentivar outras mulheres. “Nossa missão é acolher, mesmo com dor. Amar e fazer o bem para o próximo. É importante se tocar, se conhecer e fazer exames com frequência. A prevenção pode salvar vidas”, reforça. Após meses de luta, Drielli se reconhece transformada. “Eu achava que era forte por trabalhar com pessoas, liderar equipes. Mas descobri o que é força de verdade quando enfrentei o câncer. Hoje, me sinto vitoriosa.” Liz, filha de Drielli, morreu no parto em Bauru Arquivo pessoal ❤️‍🩹 'Resistir' Reportagem: Luís Negrelli Imagens: Aceituno Júnior, Gustavo Luz e Jamie Raphael Produção: Andressa Santana Edição de texto: Yonny Furukawa Edição de imagens: Luan Lima, Barbara Góes e Helo Hess Edição de texto web: Eric Mantuan e Mariana Bonora Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região ,

FONTE: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2025/10/23/mulher-que-perdeu-filha-no-parto-durante-tratamento-contra-o-cancer-de-mama-faz-ultima-quimioterapia-me-sinto-vitoriosa.ghtml


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