'Mendigo, macaco, maconheiro': pai denuncia discriminação após descobrir que alunos escreveram 'diário' com ofensas ao filho de 10 anos

  • 22/10/2025
(Foto: Reprodução)
Pai mostra diário com ofensas racistas escrito por alunos contra o filho Um pai denunciou uma caso de discriminação após descobrir que os alunos escreveram um "diário" com ofensas ao filho, de 10 anos, no distrito de Vicentinópolis, em Santo Antônio do Aracanguá, no interior de São Paulo. À TV TEM, o aposentado José Eduardo de Castilho informou que o filho sofre discriminação devido à cor da pele e à condição financeira, dentro da escola, sendo chamado de “macaco”, “preto”, “maconheiro” e “mendigo” por colegas de classe. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp O menino estuda no quarto ano, no período da tarde, na Escola Maria José Jesus Costa. A Secretaria municipal de Educação informou que solicitou um relatório detalhado à direção e orientou os pais. Veja a nota completa abaixo. Aposentado José Eduardo de Castilho denunciou a discriminação racial em Santo Antônio do Aracanguá (SP) Reprodução/TV TEM O pai teve conhecimento do caso há um mês, quando uma menina da sala confirmou o conteúdo do diário. Ainda conforme ele, o material foi escrito por três alunos, sendo dois meninos e uma menina. “O que está escrito aqui não tem cabimento, não consigo descrever o que eu sinto, é revolta demais. Só quem lê e só quem passa para saber o que se passa na cabeça de um pai. É difícil”, lamenta José Eduardo. José informou que a direção da escola marcou uma reunião e os pais dos alunos envolvidos não compareceram. O pai não fez boletim de ocorrência, uma vez que mora na zona rural, a cerca de 20 quilômetros da delegacia. “Eu não vou fazer, porque é complicado ir para Aracanguá. Se eu tirar para colocar combustível no meu carro, eu não como um mês, porque um salário de aposentado, vocês sabem. Se eu tirar R$ 70 para colocar no meu carro para rodar atrás disso, eu fico sem comer, aí não tem jeito”, pontua o pai. Pai denuncia discriminação após descobrir diário com ofensas ao filho “Só sentindo na pele, estou tremendo, estou indignado. Espero que não aconteça mais e que tome uma providência. A gente é pobre, se fosse filho de um rico...como a gente é pobre, isso vai ‘terminar em pizza’”, diz o pai. Em entrevista à equipe de reportagem, a diretora do departamento municipal de Educação, Vera Bezerra da Silva, disse que as crianças foram orientadas. “Eles falaram que era um tipo de brincadeira, mas é um tipo de brincadeira que não pode acontecer. São crianças, mas já tem que ter noção do que pode ou não pode. Eu preciso respeitar o espaço do outro, enquanto eu estiver em um ambiente em que não estou respeitando o outro, eu também estou me desrespeitando. Então, preciso ter consciência que não posso fazer dentro do ambiente escolar", comentou a diretora. Diário com ofensas foi escrito por alunos em escola de Santo Antônio do Aracanguá (SP) Reprodução/TV TEM O que diz a Polícia Civil À TV TEM, o delegado responsável pela investigação, Igor Alberto Figueiredo, informou que o caso não é tratado como crime, uma vez que os envolvidos são crianças, mas que vai acionar José para o levar até a delegacia, onde será feito o registro da ocorrência. O delegado também disse que vai acionar o Conselho Tutelar e os pais das crianças devem ser ouvidos. O que diz a escola O Departamento Municipal de Educação de Santo Antônio do Aracanguá enviou uma nota ao g1 e à TV TEM, reproduzida abaixo: "O Departamento Municipal de Educação de Santo Antônio do Aracanguá informa que não tinha conhecimento prévio do caso recentemente mencionado envolvendo o estudante da EMEB Maria José de Jesus Costa, da rede municipal de ensino. Assim que a situação chegou ao conhecimento do Departamento, foi solicitado um relatório detalhado à direção da unidade escolar envolvida. Segundo informações da direção e coordenação da escola, as seguintes medidas foram adotadas: Os pais dos estudantes envolvidos foram chamados individualmente, informados sobre o ocorrido e se comprometeram a conversar e orientar seus filhos em casa; Foi convocada uma reunião coletiva com todos os responsáveis para tratar do assunto, porém compareceram apenas o pai do aluno Nicolas e mais um responsável de outro estudante envolvido; A escola mantém acompanhamento psicológico coletivo com a turma todas as quintas-feiras à tarde e atendimento individualizado com o estudante vítima todas as quartas-feiras. Além disso, o aluno tem acesso livre à psicóloga sempre que sentir necessidade de relatar qualquer desconforto; A unidade escolar trabalha continuamente ações de conscientização e orientação sobre bullying, respeito às diferenças, preconceito racial e as responsabilidades legais previstas na legislação vigente. O Conselho Tutelar, acompanhado da Assistente Social da Educação Básica do Município, realizou uma visita domiciliar na residência do estudante vítima de discriminação racial, com o objetivo de oferecer acolhimento, escuta e acompanhamento à família. A vítima recebeu acolhimento emocional e encaminhamento para acompanhamento psicológico e psicossocial, com suporte do CRAS e da equipe multiprofissional da Educação. O Conselho Tutelar, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), aplicou medida cautelar de proteção aos estudantes envolvidos na prática discriminatória, visando garantir a segurança e o bem-estar de todos os alunos. Uma reunião com a equipe gestora da unidade escolar foi realizada e ficou definido um plano de ação educativa voltado à prevenção e conscientização sobre o respeito às diferenças, contemplando atividades formativas com estudantes, famílias e equipe escolar, com o apoio da psicóloga educacional e da assistente social. O Departamento Municipal de Educação reforça que repudia toda e qualquer forma de discriminação, preconceito ou violência no ambiente escolar e segue acompanhando o caso de perto, oferecendo todo o suporte necessário à equipe escolar, aos alunos e às famílias envolvidas." Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2025/10/22/pai-denuncia-discriminacao-apos-descobrir-que-alunos-escreveram-diario-com-ofensas-ao-filho.ghtml


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