Leitura, cultura e repertório: por que se tornar interessante dá trabalho

  • 20/12/2025
(Foto: Reprodução)
Baixada em Pauta: Publisher Rodrigo Simonsen é o convidado da semana A leitura transforma, ajuda na construção do pensamento e na formação do ser humano. Apesar da importância, dedicar tempo aos livros tem se tornado cada vez mais raro. Um exemplo? O Brasil perdeu 6,7 milhões de leitores entre 2019 e 2024, segundo a 6ª edição da pesquisa 'Retratos da Leitura no Brasil'. Rodrigo Simonsen, publisher — responsável pela curadoria de títulos e pela forma como os livros chegam ao mercado — e estrategista de eventos, participou do podcast Baixada em Pauta, apresentado pelos jornalistas Matheus Müller e Luiz Linna, onde discutiu os desafios da formação cultural e da educação continuada. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Segundo ele, muitos jovens não são incentivados à leitura, já que os conteúdos trabalhados na escola costumam ser densos e pouco acessíveis, somados à falta de referências dentro e fora de casa. “Eu tenho os traumas da literatura da escola e eu tive ótimos professores, mas quem quer ler aquelas coisas quando tem 13 anos? Parece algo forçado. Você não vê a Virgínia lendo, você não vê o Neymar lendo. Então, vai colocando a leitura num espaço só de gente estranha”, afirmou. Em um cenário em que as pessoas são cada vez mais visuais e atraídas pelo belo, Simonsen lembra que a cultura também pode tornar alguém interessante e, de certa forma, “bonito” aos olhos dos outros. “Quando você não tem essa vantagem da natureza e não ganhou na loteria genética, o que você faz? Você pode se tornar uma pessoa mais interessante. Só que dá muito trabalho. Você não fica mais interessante da noite para o dia”, disse. Publisher Rodrigo Simonsen analisou no podcast Baixada em Pauta os desafios da formação cultural e da educação continuada Abner Viana e Divulgação Simonsen ressaltou que o processo para se tornar mais interessante demanda tempo e esforço, já que ninguém constrói repertório da noite para o dia. Ele comparou essa jornada a um treino constante: é preciso consumir cultura diariamente, seja por meio da leitura, de filmes ou de outras formas de arte. Esse hábito, segundo ele, é o que diferencia e fortalece a personalidade, criando indivíduos mais robustos e preparados para interações sociais e profissionais. O valor dos livros Ao falar sobre sua trajetória editorial, Simonsen destacou o valor do livro como objeto cultural. Para ele, cada obra carrega décadas de pensamento e refinamento. “Eu sempre tentei tratar o livro com a nobreza que ele merece, porque o livro é um produto nobre. Texto é algo sagrado, pensamento são décadas de experiências refinadas que são depositadas ali”, afirmou. Segundo Rodrigo Simonsen, publisher e estrategista de eventos, muitos jovens não são incentivados à leitura. Reprodução/Redes sociais Leitura como hábito Simonsen ressaltou que a leitura precisa ser encarada como hábito, assim como tantas outras práticas do cotidiano. Ler, ouvir música, assistir a filmes ou frequentar o cinema são atividades que formam repertório e ajudam a construir personalidades mais robustas. “Não tem um dia que eu não consumo algum tipo de produto cultural. Eu tento ler alguma coisa, ouvir, ir ao cinema, ver uma série. Isso é formativo, é o que diferencia e cria essa personalidade mais robusta”, disse. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/podcast/baixada-em-pauta/noticia/2025/12/20/leitura-cultura-e-repertorio-por-que-se-tornar-interessante-da-trabalho.ghtml


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