Hospital PUC-Campinas registra superlotação pela 3ª vez em 30 dias
06/06/2025
(Foto: Reprodução) Unidade tem 47 pacientes nos corredores e suspendeu cirurgias eletivas por 7 dias. Secretaria Municipal de Saúde destacou que acompanha negociação do Estado para ampliar leitos na cidade. Superlotado, Hospital PUC-Campinas tem 47 pacientes nos corredores
O Hospital PUC-Campinas registrou, nesta sexta-feira (6), superlotação no Pronto-Socorro Adulto do Sistema Único de Saúde (SUS) pela terceira vez em menos de 30 dias. Segundo a unidade, 78 pacientes de alta complexidade estão internados, sendo que 47 estão nos corredores por falta de espaço.
O hospital já tinha registrado superlotações no dia 8 de maio, quando tinha 76 pacientes internados, e em 21 de maio, quando o número de pacientes de alta complexidade chegou a 83. A capacidade é de 20 leitos.
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Por conta do cenário nesta sexta, a administração da unidade anunciou a suspensão de cirurgias eletivas por sete dias. O Hospital PUC-Campinas opera 390% acima de sua capacidade instalada e informou o cenário às regulações da Cross, Samu, Secretaria Municipal de Saúde, DR7, e o Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp).
Orientação a pacientes
Para garantir e preservar a segurança técnica assistencial e a qualidade do atendimento no pronto-socorro, a PUC-Campinas orienta que a população do atendimento SUS procure outras instituições de saúde.
Foto de arquivo do Hospital PUC-Campinas
Reprodução/EPTV
Situação nos hospitais da metrópole
O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp informou que, nesta sexta, opera com 400% da capacidade da Unidade de Emergência Referenciada (UER).
Na rede Mário Gatti, que inclui os hospitais Mário Gatti e Ouro Verde, a prefeitura informou que a ocupação está entre 95% e 100%, mas nenhum paciente deixa de ser atendido, uma vez que as unidades trabalham no sistema “porta aberta”.
A prefeitura reforçou que as ocupações nos hospitais são dinâmicas e mudam a todo momento, pois a rotatividade de leitos é alta.
A orientação é para que pacientes com demandas de baixa complexidade procurem por centros de saúde ou unidades de pronto atendimento (UPAs) para otimizar os atendimentos nos hospitais.
O que diz a Saúde?
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campinas informou que a situação de superlotação em hospitais será assunto da próxima reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
"A pauta foi definida durante um encontro realizado entre prefeitos dos 20 municípios da região nesta sexta-feira, 6 de junho, e o secretário de estadual de saúde, Eleuses Paiva, será convidado para participar e comentar sobre a ampliação de leitos em caráter de urgência na região e planejamento para o Hospital Metropolitano". destacou a pasta.
Veja a nota:
"A Pasta está em constante negociação para a ampliação de leitos na cidade. Além disso, destaca que está acompanhando as tratativas do Estado com a Casa de Saúde para aumento da quantidade de leitos SUS para desafogar os prontos-socorros.
Outra medida que deve desafogar os serviços é a reabertura de leitos de enfermaria adulto no Hospital de Clínicas da Unicamp, fechados desde setembro do ano passado.
A ocupação dos leitos e encaminhamentos de pacientes na cidade por meio do Sistema de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp) são monitorados de forma contínua. A Secretaria de Saúde também solicitou à Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) de São Paulo que reduza os encaminhamentos de pacientes de outras cidades da região para Campinas neste momento de alta demanda.
As ocupações nos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde são dinâmicas e mudam a todo momento, pois a rotatividade de leitos é alta. A ocupação está entre 95% e 100%, mas nenhum paciente deixa de ser atendido, uma vez que as unidades trabalham no sistema “porta aberta”. A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar orienta que os pacientes com demandas de baixa complexidade procurem por centros de saúde ou unidades de pronto atendimento (UPAs) para otimizar os atendimentos nos hospitais.
Em 2021, Campinas tinha 885 leitos, se forem considerados todos os tipos de estruturas disponíveis por meio de convênios da Saúde com hospitais privados e na Rede Mário Gatti. Atualmente a cidade conta com 938 leitos no SUS Municipal. Há ainda outros 84 nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e o total ultrapassa a marca de 1 mil estruturas se incluídas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Além disso, 800 pacientes são atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD)."
Hospital PUC-Campinas enfrenta superlotação no PS Adulto SUS
Reprodução/EPTV
Governo de SP
Por nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que "o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas tem realizado reuniões com representantes das unidades de saúde da Região Metropolitana de Campinas (RMC) para alinhar estratégias de mapeamento do perfil dos pacientes atendidos nas emergências."
Segundo a pasta, "o objetivo é garantir o encaminhamento adequado à rede assistencial, conforme a complexidade de cada caso".
"O DRS também mantém diálogo constante com os municípios da RMC para otimizar, de forma emergencial, a utilização dos leitos disponíveis na região", diz.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo ressaltou ainda que "já está em andamento o chamamento público para a contratação de 4.000 procedimentos, entre ambulatoriais e hospitalares, para atender a população da Região Metropolitana de Campinas (RMC)".
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