Furto de cabos paralisa estação e esgoto atinge rio Mogi Guaçu em Pirassununga
04/09/2025
(Foto: Reprodução) Um furto de aproximadamente 500 metros de cabos de energia elétrica paralisou a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Pirassununga (SP). Com isso, 100% do esgoto doméstico da cidade está sendo despejado sem tratamento adequado em um córrego que desemboca no Rio Mogi Guaçu.
O crime ocorreu entre a noite de terça (2) e a madrugada de quarta-feira (3), na estação localizada no bairro rural Laranja Azeda.
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Guarda Civil (GCM), Polícia Ambiental e Polícia Civil foram acionadas
Imagem cedida
Segundo o boletim de ocorrência, um funcionário do Serviço de Água e Esgoto de Pirassununga (Saep) percebeu que os equipamentos da ETE não estavam funcionando.
O gerador, que deveria ter sido acionado automaticamente com a interrupção do fornecimento, também estava inoperante.
Uma vistoria apontou que sete caixas de alvenaria foram violadas e toda a fiação elétrica havia sido furtada.
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Impacto ambiental e investigação
Com a paralisação do tratamento, um alerta foi emitido para as cidades que realizam a captação de água do rio Mogi Guaçu, como Porto Ferreira (SP), para que o tratamento da água seja intensificado a fim de garantir a potabilidade.
Em nota, Pedro Nunes, Superintendente do Saep diz que a equipe de manutenção do foi imediatamente acionada e está atuando de forma emergencial para restabelecer o funcionamento da estação.
“Já foram mapeados os cabos danificados e furtados, assim como o levantamento de custos e posterior solicitação de três orçamentos junto a empresas especializadas, visando à contratação emergencial do serviço de reposição, que será realizado entre hoje e amanhã', afirma o superintendente.
O que diz o Saep
A nota ainda reforça que medidas de segurança estão sendo projetadas para evitar esse tipo de situação no futuro.
A Estação de Tratamento de Esgoto Laranja Azêda encontra-se temporariamente inativa, portanto, sem tratamento de efluentes. Todos os órgãos ambientais competentes já foram formalmente notificados e acompanham a ocorrência.
"Quando eu me refiro à palavra efluente, é efluente sanitário, ou seja, é composto não só de matéria orgânica de origem residencial (o popular esgoto), mas de água e resquícios de produtos químicos padrões utilizados na operação de tratamento", explicou o superintendente.
Vale reforçar que o esgoto não é despejado direto no rio Mogi Guaçu, mas sim no córrego Laranja Azeda, o qual tem ligação direta com o rio.
Com a estação desativada, o processo completo de tratamento fica comprometido. Ele é composto por tratamento preliminar (trituração), decomposição biológica, desagregação, precipitação de lodo sanitário, desinfecção, pós-tratamento e então despejo do efluente tratado no córrego.
A Saep trabalha para reestabelecer o serviço o mais breve possível. A Polícia Civil investiga o caso. Demais autoridades de saneamento como a CETESB foram notificadas.
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