Em apenas 5 meses, partos de adolescentes em Sorocaba se aproximam do total registrado em 2024

  • 03/09/2025
(Foto: Reprodução)
Em apenas 5 meses, partos de adolescentes em Sorocaba se aproximam do total de 2024 Somente nos cinco primeiros meses deste ano, 88 partos de gestantes com menos de 19 anos foram registrados em Sorocaba (SP), número que já se aproxima do total de procedimentos registrados em todo o ano passado, que foi de 100. Desde 2023, mais de 1,2 mil adolescentes grávidas foram acompanhadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. Entre os casos está o de Emilly Vitória Tristão da Silva, de 16 anos, que está no sexto mês de gravidez e enfrenta um quadro de diabetes gestacional. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp "Tenho diabetes tipo 1, daí a minha gravidez é de risco e nessas duas últimas semanas estava bem descompensada, tem que acompanhar de perto. Faço acompanhamento desde que descobri", comenta a gestante. Mais de 1,2 mil adolescentes grávidas procuraram Unidades Básicas de Saúde em Sorocaba (SP) desde 2023 TV TEM Conforme a ginecologista e obstetrícia Hariane Motta, a falta de formação do corpo de uma mulher de até 20 anos faz com que a gravidez nesse período seja considerada de risco. "Aumenta muito o risco de mortalidade materna e infantil também. Elas têm mais chances de desenvolver alguns problemas de saúde, que são mais frequentes na gestação, como pressão alta, diabetes, risco de anemia, risco de parte prematuro, risco do bebê ter alguma restrição de crescimento. Isso aumenta muito a taxa de morbidade e mortalidade para elas mesmas nessa faixa etária". Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade infantil entre filhos de mães adolescentes é de 15,3 mortes a cada mil nascidos vivos. O índice está acima da média nacional, que é de 13,4 mortes por mil nascimentos. De acordo com a OMS, além da imaturidade biológica, fatores socioeconômicos também podem aumentar os riscos para a mãe adolescente e para o bebê. Entre eles estão a ausência de amamentação, a omissão do pai biológico, a rejeição familiar, a expulsão da jovem e do recém-nascido do convívio doméstico, além da vulnerabilidade social. Nesse cenário, muitas vezes a adolescente abandona ou é excluída da escola, o que interrompe sua formação e dificulta sua inserção no mercado de trabalho. "A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública. E não só de saúde física, mas também de saúde emocional, social. A adolescente pode se sentir mais excluída da sociedade, vai deixar de frequentar a escola. É uma questão que precisa ser trabalhada em vários âmbitos". Mães adolescentes podem enfrentar, além de problemas físicos, exclusão e preconceitos Mike Adas/TV TEM A médica ressalta a importância de falar sobre métodos contraceptivos com os jovens e que a tarefa abrange a família, a escola e políticas públicas. "Começa com a família, a gente ter essa liberdade de ter essa educação sexual dentro de casa. Mas também é uma responsabilidade da escola, da saúde de dar esse ensino, de aumentar o acesso delas aos métodos contraceptivos. Ter uma busca ativa desses adolescentes, não esperar que eles venham até a gente pra oferecer esse tipo de educação, esse tipo de procedimento", destaca. Pamela Sales, formada em Educação Física, tinha 16 anos quando engravidou do Henry. Hoje, aos 21 anos e mãe solo, ela relata a dificuldade que enfrentou para voltar ao trabalho após a chegada do filho. "Quando a gente está grávida, é difícil aceitar. O psicológico fica muito abalado, mas além do psicológico, tem o físico. Porque você tem que estar ali, tem que estar forte pela criança. Acho que a fase mais difícil que eu tive foi quando ele nasceu", conta. Apesar das dificuldades, para Pamela, ser mãe tão jovem permitiu que ela descobrisse novos talentos e paixões. "A gente acha que é clichê quando a gente fala que é a melhor coisa que já aconteceu na nossa vida, mas ter tido o Henry foi a melhor coisa. Trouxe amadurecimento, o tanto que eu pude crescer na vida, o amor que a gente tem. É difícil no começo, mas fica muito melhor, muito melhor do que a gente imagina", compartilha a jovem. Pamela Sales, mãe do Henry, relata vivência ao engravidar na adolescência Mike Adas/TV TEM Segundo a OMS, a taxa de mortalidade infantil entre filhos de mães adolescentes é de 15,3 mortes a cada mil nascidos vivos, acima da média nacional, que é de 13,4 mortes por mil nascimentos Mike Adas/TV TEM Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2025/09/03/em-apenas-5-meses-partos-de-adolescentes-em-sorocaba-se-aproximam-do-total-registrado-em-2024.ghtml


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