Defensoria pede indenização de R$ 759 mil à vítima de racismo no shopping Pátio Higienópolis

  • 21/10/2025
(Foto: Reprodução)
Alunos de escola particular são vítimas de racismo em shopping na Zona Sul de SP A Defensoria Pública de São Paulo entrou, nesta terça-feira (21), com uma ação de indenização de R$ 759 mil por danos morais a uma vítima de racismo no Shopping Pátio Higienópolis, na capital paulista. O caso ocorreu em abril de 2025, quando dois adolescentes negros, estudantes de uma escola particular, foram abordados de forma discriminatória por uma funcionária terceirizada. A mulher questionou se eles estavam incomodando ou pedindo dinheiro à amiga branca que os acompanhava (leia mais abaixo). Na ação, a Defensoria Pública destaca que o caso não é isolado, apontando que o mesmo shopping já foi palco de outros episódios de racismo. Além da indenização, a ação pede que o shopping e a empresa terceirizada envolvida no caso ofereçam ao adolescente acompanhamento médico e psicológico gratuito, por profissional com formação antirracista, pelo tempo necessário para sua recuperação. Também solicita bolsa permanente para garantir a continuidade dos estudos, incluindo alimentação, transporte, reforço escolar e apoio para atividades esportiva, e sejam publicadas desculpas formais no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação. A defesa do Shopping Pátio Higienópolis afirmou que "desconhece a ação e se manifestará nos autos assim que notificado". Alunos de escola particular de SP fazem protesto no Shopping Pátio Higienópolis contra abordagem racista de segurança do local Os reflexos do racismo na vida e saúde da população preta são profundos e, muitas das vezes, insuperáveis. Estar exposto sistematicamente a situações de segregação e degradação, a exemplo de ser acusado de estar importunando uma colega, somente pela sua cor de pele, pode ocasionar severos danos psicológicos e emocionais, em especial quando a vítima é criança ou adolescente. Protesto contra racismo no Shopping Pátio Higienópolis Deslange Paiva/g1 Relembre o caso A família de dois estudantes negros, de 11 e 12 anos, denunciaram a abordagem racista de uma segurança contra os adolescentes no Shopping Pátio Higienópolis, na Zona Oeste de São Paulo. Segundo relatos, uma jovem branca teria sido abordada por uma segurança perguntando se os dois adolescentes negros, que estavam com ela, estariam a incomodando e pedindo dinheiro. Eles são alunos de uma escola particular próxima ao shopping e estavam na praça de alimentação quando foram abordados. O grupo teria ido até o shopping para almoçar antes do início das aulas à tarde. A administração do estabelecimento emitiu nota lamentando o ocorrido e pediu desculpas (leia mais abaixo). O Professor Diego Penã Castellon estava presente no momento e disse ter ouvido parte da conversa. "De repente, eu percebo que uma segurança está conversando de maneira séria com algumas alunas minhas né. Entre elas, uma aluna negra do oitavo ano, e fiquei preocupado e larguei meu almoço e fui lá. Eu ouvi a segurança falando que não pode pedir dinheiro no shopping e as alunas argumentavam 'mais moço, ele tá chorando. Ninguém pediu dinheiro. Que que tá acontecendo?'" Alunos de escola particular são vítimas de racismo em Shopping em área nobre de São Paulo. Reprodução TV Globo O irmão mais velho de uma das crianças vítimas do racismo disse que ele está abalado por nunca ter vivido uma situação como essa. "Eles estão abalados. Fizemos um boletim de ocorrência e falamos com advogados. Nos próximos momentos tentaremos tomar todas as medidas cabíveis pra gente levar isso pra frente e ter o mínimo de justiça possível. Todo mundo merece o mínimo de respeito e ali não foi oferecido", disse O Pátio Higienópolis afirmou que "lamenta pelo ocorrido" e que está em contato com a família. Também informou que oferece treinamento para os funcionários. Leni Pires das Mercês, mãe da Giovana, a outra criança negra, afirmou que recebeu a informação por meio da diretoria da escola e que a filha também está muito abalada. "Conversei com a minha filha, ela chorou muito. Eu acho muito triste que isso aconteça em pleno 2025 com qualquer pessoa e com a minha filha. Foi muito triste. É muito violento", relatou. Naquela manhã, os alunos participariam de uma aula extra sobre letramento racial e condutas antirracistas. A Orientadora Educacional Iza Cortada daria uma atividade sobre o tema naquele dia, mas não foi possível. Para ela, é preciso ter uma reparação. "Esses alunos precisam perceber que esses atos precisam parar. Eles precisam acreditar que terão o direito de ir e vir", afirmou. Esta não é a primeira vez que alguém registra um crime de racismo dentro do Shopping Higienópolis. Em 2022, adolescentes denunciaram um episódio em uma loja de eletrodomésticos no estabelecimento. Na época, jovens gravaram o momento em que estavam sendo seguidos por um segurança. Para o professor Diego, este não é um caso individual, mas, sim, institucional. "Não é a primeira vez, né? Eles foram constrangidos. Eles sentem que não podem frequentar aquele espaço. O que é muito triste, né? Eles estavam muito abalados, ficaram abalados todo o tempo na escola, foi visível isso." A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que serão tomadas medidas cabíveis diante dos fatos. Familiares registraram boletim de ocorrência relatando ato racista. Reprodução TV Globo

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/10/21/defensoria-pede-indenizacao-de-r-759-mil-a-vitima-de-racismo-no-shopping-patio-higienopolis.ghtml


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