Brasil “ganha” oito novas espécies de aves

  • 19/11/2025
(Foto: Reprodução)
O Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) incluiu recentemente oito novas espécies na lista oficial de aves do Brasil. Com a atualização, o país passa a ter 1.979 espécies registradas. Veja quais foram adicionadas: Andorinhão-real (Tachymarptis melba) Andorinhão-asa-de-foice (Apus apus) Batuíra-de-cauda-ruiva (Charadrius vociferus) Maçarico-de-perna-verde (Tringa nebularia) Grazina-de-juan-fernandez (Pterodroma externa) Falcão-taperuçu (Falco subbuteo) Tangará-príncipe-do-oeste (Chiroxiphia napensis) Mariquita-tigrada (Setophaga tigrina) Geralmente o andorinhão-asa-de-foice só é observado em pleno voo Silvia Linhares Com as novas inclusões, o Brasil se mantém entre os três países com maior diversidade de aves do mundo, ao lado de Colômbia e Peru. A nova listagem, divulgada em uma resolução publicada no site da entidade, resulta da análise de registros recentes e da revisão de dados sobre ocorrência e distribuição de espécies no território nacional. Entre os integrantes do comitê está Glayson Bencke, que é pesquisador e ornitólogo no Museu de Ciências Naturais da Sema-RS, e participa do CBRO desde sua fundação, em 1999. Ele integra a diretoria e coordena o Núcleo de Nomes Vernáculos, grupo responsável por propor e padronizar os nomes populares utilizados no país. A batuíra-de-cauda-ruiva é mais localizado ao longo da costa do Pacífico, no norte da América do Sul Silvia Linhares O processo Segundo Glayson, a inclusão de uma espécie nunca antes registrada no Brasil começa com a submissão do achado ao comitê. Os membros avaliam a autenticidade das evidências, que podem incluir fotos, gravações, relatos detalhados e até espécimes preservados em coleções científicas. As circunstâncias do registro também entram na análise. Aves que chegam ao país com algum tipo de auxílio humano, como caronas em navios ou transporte involuntário, não são consideradas. “É preciso garantir que o indivíduo tenha alcançado o território brasileiro por meios naturais”, explica o especialista. Todo o material deve estar disponível em plataformas de acesso público, como WikiAves e eBird, ou em museus e instituições científicas, permitindo que outros especialistas revisem o registro de forma independente. Em casos mais complexos, o comitê consulta pesquisadores externos com experiência na identificação das espécies envolvidas. “Hoje, até a possibilidade de fraudes precisa ser considerada”, afirma. A mariquita-tigrada é um pássaro pequeno, que se alimenta principalmente de insetos, pequenas aranhas e lagartas Silvia Linhares Uma vez validado o registro, entra em cena o Núcleo de Nomes Vernáculos, formado por 15 especialistas de diferentes regiões do país. O grupo define o nome em português pelo qual a espécie será reconhecida oficialmente no Brasil. Após essa etapa, o CBRO publica uma resolução formalizando a inclusão da espécie na lista principal das aves brasileiras. O comitê também realiza revisões periódicas da lista, atualizando a classificação sistemática do grupo. A última revisão ampla ocorreu em 2021, e uma nova já está em preparação. Glayson destaca que é importante considerar que as adições à lista de aves do Brasil podem ocorrer por diversas razões, como é o caso de espécies novas, antes desconhecidas, que ainda são descritas de vez em quando, principalmente em áreas remotas da Amazônia. “A revisão da distribuição e das características de algumas espécies pode revelar que o que antes se considerava uma única espécie corresponde, na verdade, há um complexo de diversas espécies evolutivamente independentes”, explica. O maçarico-de-perna-verde é geralmente avistado isoladamente ou em pequenos bandos Silvia Linhares Espécies já conhecidas em outros países também podem ser registradas no Brasil a partir de levantamentos de biodiversidade em regiões pouco exploradas, especialmente em áreas fronteiriças. Por fim, algumas aves com maior capacidade de dispersão podem surgir no país após desvios em seus deslocamentos naturais, que as levam para longe de suas rotas habituais. Com a atualização, o Brasil segue refinando o conhecimento sobre sua avifauna, um processo contínuo que depende da colaboração entre pesquisadores, observadores de aves e avanços na documentação científica da biodiversidade. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2025/11/19/brasil-ganha-oito-novas-especies-de-aves.ghtml


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